Aos 87 anos, relação com a equipe alviverde mantém força mesmo
diante de batalha contra doença que provoca a perda de memória

Vinícius Dias

"Sou América, América, América", assegura Olívio de Oliveira, mais conhecido como Nêgo. Em meio à batalha contra o mal de Alzheimer, doença degenerativa que provoca atrofia do cérebro e perda de memória, o belorizontino, de 87 anos, tem dado mostras de que a paixão pelo clube alviverde está intacta. A relação é tema de vídeo produzido pelo casal Ana Luiza Saraiva e Jotapê Saraiva, neto do torcedor do Coelho.



"Toda vez que venho visitá-lo, ele não se lembra de praticamente nada. Pergunto meu nome, meu pai pergunta, todos perguntam e, muitas vezes, ele esquece. Na verdade, do meu nome ele praticamente não se lembra mais. Só que o time dele, ele costuma não esquecer de jeito nenhum", destaca Jotapê, graduado em Publicidade e Propaganda e criador do Brand Bola, projeto sobre marketing no futebol.

Laços entre torcedor e futebol

As recordações vão além do nome do clube. Morador do bairro Santa Inês, na região Leste da capital mineira, Olívio menciona em outros trechos do vídeo a mascote alviverde e o extinto estádio Otacílio Negrão de Lima, onde o América mandou seus jogos por mais de quatro décadas. "Isso mostra a importância dos clubes de futebol na vida, na história das pessoas", acrescenta o neto, especialista em marketing.

2 comentários:

  1. Meu pai vai fazer 87 anos este ano. Está com demência mista incluída o Alzheimer, não está neste estágio tão avançado. Mas não lembra o nome de muitas pessoas. Um dos dons artísticos dele é tocar sanfona, há pouco tempo ele estava tocando. Ouvi falar que os dons artísticos são as últimas coisas que eles esquecem. Sobre time não sabia nada sobre os efeitos para quem tem essa doença, achei interessante.

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  2. Segue o meu bom dia ao Sr. Olívio. Agente não escolhe torcer para o América, como nas maiorias das vezes, pais tornam seus filhos torcedores de atlético e cruzeiro, nada contra claro. Tenho dois filhos e nem assim consegui que os mesmos torcessem para o América. Quero dizer que para se tornar torcedor do América, você tem que adquirir o vírus verde, tal como aconteceu comigo. Ontem por exemplo estive no Independência, sofri com meu time, porém, o amor é maior do que qualquer certeza. Tudo de bom para o Sr. Olívio e um grande abraço de um torcedor apaixonado pelo América também.

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