De volta a Minas, volante formado na base do Cruzeiro rememora
passagem por Portugal e avalia: 'Estrutura do Uberlândia e ótima'

Vinícius Dias

Dia 11 de junho de 2003. Embalado por uma preleção histórica, Jardel, de 20 anos, subiu ao gramado do Mineirão para a sua primeira partida como titular pelo Cruzeiro: a decisão da Copa do Brasil, contra o Flamengo. 90 minutos depois, a alegria do volante tocantinense, que fora promovido ao time profissional por Luxemburgo, se somava às vozes dos quase 80 mil pagantes na comemoração do triunfo celeste. "Aquele foi o melhor ano da minha carreira", recorda Jardel ao Blog Toque Di Letra.


Mais de uma década depois, o nome do volante continua em alta com os ex-companheiros. "Nos ajudou demais em 2003 e 2004. Era peça valiosa naquele elenco. Eu confiava muito nele e me sentia protegido em tê-lo a meu lado", diz Alex, capitão da equipe que também conquistou estadual e Campeonato Brasileiro. Jardel, naquela temporada, ainda festejou o título mundial sub-20 pela seleção. Na final, triunfo ante a Espanha, de Andrés Iniesta, por 1 a 0, em Abu Dhabi.

Jardel, ao lado de Dani Alves, no Mundial
(Créditos: Arquivo Pessoal/Jardel Pereira)

"Eu sempre lembro. Alguém posta foto no Instagram, me marca. Eu era novo e, para mim, foi muito importante", revela. "Naquela época, já tinha clube querendo me comprar, assim como o Kléber foi vendido (ao Dínamo de Kiev), o Daniel Alves já jogava no Sevilla, o Alcides também (jogava no Schalke 04)", acrescenta. 13 anos e dez clubes depois, o volante acredita que, se tivesse adotado uma postura mais incisiva, sua carreira ganharia caminhos bem diferentes.

Transferência para Portugal

"O Cruzeiro me segurou e foram passando os anos", pontua Jardel, que, nos dois anos seguintes, perdeu espaço após várias trocas no comando. "Poderia ter dado um passo maior, como esses outros jogadores deram". Em 2006, a ida ao futebol europeu foi selada. No português Marítimo, ele encontrou um grupo com 15 brasileiros. "Eu imaginava que ia chegar com um pouco de moral para jogar, mas aprendi que, lá, como era novo, eles chamavam de miúdo, como se fosse juvenil".

Volante durante despedida de Alex
(Créditos: Washington Alves/Light Press)

De 2008 a 2011, Jardel defendeu outras três equipes de Portugal: Estrela Amadora, Feirense e Penafiel. O retorno aos gramados brasileiros ocorreu há cinco anos. Desde então, ele acumula passagens por Caldense, Ceará, Santo André e, mais recentemente, Cabofriense. "Fiquei no Rio de Janeiro por dois anos e disputei o Carioca... Voltar ao Campeonato Mineiro, onde comecei como profissional, é uma expectativa muito boa", pontua o meio- campista, que vai defender o Uberlândia.

De volta ao futebol mineiro

No Triângulo Mineiro, o volante voltou a trabalhar com Alexandre Barroso, ex-treinador da base cruzeirense. "O Uberlândia tem uma estrutura muito boa, um ótimo CT, sem falar no Parque do Sabiá, que é um estádio muito bom para se jogar", pondera ao Blog. Campeão do módulo II no último ano, o clube alviverde fará sua estreia neste domingo, em casa, diante do Atlético. A partida começa às 19h30.

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