Entre a matemática e a esperança

Vinícius Dias

Finalizada a 29ª rodada, o Corinthians lidera o Campeonato Brasileiro, com 61 pontos. O time de Tite pouco encanta, mas raramente perde e soma pontos mesmo quando joga mal. Não fosse o ótimo Atlético projetado e dirigido por Levir Culpi, comandado em campo por Lucas Pratto, o hexa estaria praticamente sacramentado. A reviravolta é improvável, porém, a história e os números provam que os torcedores atleticanos acertam ao conjugar o verbo acreditar.


Até aqui, o alvinegro paulista sobra: 2º melhor ataque, melhor defesa e apenas quatro derrotas. Mas há ressalvas. Com 61 pontos, lideraria após 29 jogos em seis das nove edições anteriores da Série A. Os três líderes que superaram a marca soltaram o grito de campeão: Fluminense (65, em 2012), São Paulo (63, em 2007) e Cruzeiro (62, em 2013). Dos seis que tinham menos pontos a essa altura do campeonato nacional, metade não ficou com o título em dezembro.

Torcida atleticana em festa no Horto
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Os números, que apontam um Corinthians no limite entre a liderança e a segurança, mostram ainda o segundo colocado disposto a fazer história. Com 56 pontos, 17 vitórias e 21 gols pró de saldo, o Atlético é o melhor vice-líder nesse momento da competição. À frente do Grêmio, que tinha a mesma pontuação, mas saldo inferior - 19 gols pró - na edição de 2012. Soa como detalhe quando o vice-campeão é culturalmente o primeiro dos perdedores, mas é um sinal verde.

A matemática coloca o Corinthians com 80% de chances.
Mas, na ótica atleticana, há confronto direto e esperança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário