Entre o presente e a eternidade

Vinícius Dias

Ronaldinho Gaúcho já havia encantado Porto Alegre e Paris e conquistado uma Copa do Mundo quando chegou ao Barcelona disposto a provar que era, sim, possível ir além. Com a camisa do time catalão, foi campeão da Liga dos Campeões, bi espanhol e da Supercopa da Espanha e duas vezes eleito o melhor do mundo. As 81 assistências e os 110 gols anotados em cinco temporadas fizeram do tempo mero detalhe. Em junho de 2008, ao deixar a Espanha, R10 já era eterno.


Um mês depois, desembarcou em Milão. A passagem de quase três anos e raros brilharecos antecedeu o retorno ao Brasil. No Flamengo, 16 meses, um título carioca e rescisão por meio de liminar. A pergunta, em junho de 2012, era se Ronaldinho ainda valia a pena. A resposta quase consensual era não. Único a dizer sim, Kalil foi também o único a acertar: 88 jogos, 28 gols, 32 assistências, peça-chave na conquista da Copa Libertadores, em 2013, com a camisa do Atlético.

Ronaldinho: a magia ficou no passado
(Créditos: Bruno Haddad/Fluminense F.C.)

Na temporada passada, menos participativo, o meia entrou em campo 18 vezes, anotou apenas dois gols e deu cinco assistências. O casamento se desfez, e o México foi seu ponto de parada, por quase um ano, antes do novo retorno à terra natal. R10, mais talento e menos atleta, confirma a curva descendente no Fluminense: sete exibições, nenhum gol, nenhuma assistência. No último jogo, há dois dias, 30 minutos em campo e raros toques na bola em Campinas.

Eterno, R10 continua a tratar o futebol como presente.
Mas, em campo, a magia e o brilho ficaram no passado.

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