Entre lágrimas e sorrisos...

Vinícius Dias

Na partida de estreia, contra a Croácia, lágrimas e sorrisos se misturaram nos rostos de milhares de brasileiros. E também no de Neymar. Após 12 anos, um atleta marcava um gol - neste caso, dois - com a camisa 10 da seleção brasileira. Naquele dia, a alegria do jovem craque, de 22 anos, era também a alegria de um povo que, por mais de seis décadas, sonhou em voltar a receber a Copa do Mundo. E, por que não, em apagar o fiasco da edição de 1950.


Na última noite, lágrimas e sorrisos de novo se misturaram na expressão dos brasileiros. Sorrisos e alegria pela classificação à fase semifinal - após três edições. Tristeza pela lesão de Neymar, o principal nome do elenco e símbolo da reconstituição do espírito brasileiro no time canarinho. A lesão na terceira vértebra lombar representou um duro final de Copa do Mundo para o garoto.

Neymar na maca: última imagem na Copa
(Créditos: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A terça-feira e o confronto contra a (ótima) Alemanha se aproximam, e o Brasil tem somente uma certeza: Thiago Silva e, em especial, Neymar não estarão em campo. Dante deve substituir Thiago. Para a vaga de Neymar, Felipão pode optar por Bernard ou Willian, para manter o esquema tático, ou pode reforçar o meio-campo com um terceiro volante. Tecnicamente, o Brasil perde muito.

O craque em números

Nesse cenário de dúvidas, é tão difícil assegurar a eliminação no Mineirão, quanto imaginar que o substituto de Neymar se transforme em um 'novo' Amarildo, que superou a desconfiança e se tornou herói ao substituir Pelé na campanha do bicampeonato, em 1962 - marcando três gols em quatro partidas. De Neymar, restarão as lembranças e um saldo positivo. Foram quatro gols, 18 finalizações e, pelo menos, 13 chances criadas nas cinco partidas disputadas.

Neymar, um vencedor na vida, sai de cena lacrimejando.
A Copa segue, e o sorriso dos brasileiros serão os dele!

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