Rivalidade nota dez

Alisson Millo

Numa semana marcada pelas discussões de bastidores, possíveis 'viradas de mesa' e violência no futebol brasileiro, outro fato extracampo ganhou destaque. No Sul do país, Internacional e Grêmio foram protagonistas de outro belo exemplo de como a rivalidade deve ser vivida. Com bom tom, alheio às polêmicas, como fizeram Cruzeiro e Atlético, no último mês, em Minas Gerais.

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O caso é simples. Na página oficial do Grêmio no Facebook foi publicada, como foto de capa, a imagem de um torcedor com um binóculo, fazendo alusão à distância entre os clubes no Campeonato Brasileiro. O colorado terminou como 15º, enquanto o Imortal foi vice-campeão. Um bom rival, porém, não deixa por menos.

Binóculo: as visões de Inter e Grêmio
(Créditos: Divulgação/Grêmio/Internacional)

A resposta do Inter veio à altura. Por meio de sua página oficial, o clube veiculou uma imagem na qual vários troféus das conquistas recentes do colorado são observados sob a ótica das lentes de um binóculo. Maneira de 'ironizar' o histórico rival, que não comemora um título fora do estado desde a Série B, em 2005.

Exemplo à mineira!

Situações como essa, infelizmente, têm sido cada vez mais raras. Mas o bom exemplo também veio de Minas. Logo após a conquista do Brasileiro pelo rival Cruzeiro, o Atlético estampou nos jornais um anúncio saudando os campeões nacionais pela América. Curiosamente, o Galo aproveitou a chance de recordar a Copa Libertadores e se apresentar como "Campeão da América".

Em Minas, um duelo de campeões
(Créditos: Divulgação/Atlético/Cruzeiro)

Já no dia seguinte, a resposta do Cruzeiro veio à altura. Por meio do site oficial, o clube celeste 'agradeceu' a todos que se curvaram diante dele, aproveitando para apresentar uma lista de seus maiores títulos, incluindo duas Libertadores.

...no Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, pós-rebaixamento de Vasco e Fluminense, tricolores e vascaínos entraram no clima de flamenguistas e botafoguenses, fingindo-se de mortos pelas ruas e participando da brincadeira dos rivais. Simples exemplos que, mesmo num país cada vez mais violento, dão a esperança de que o esporte volte a ser diversão, e não mais um cenário de guerra. Rivalidade, sim! Violência, não!

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