Equilíbrio à espanhola

Vinícius Dias

Um jogaço! Assim definirei a semifinal da Copa das Confederações entre Espanha e Itália. Um resultado de 0 a 0, que nem de longe representa a partida com diversas chances de gol de lado a lado. Com bolas na trave, grandes defesas de Buffon e Casillas, chances perdidas. Enfim, uma aula de futebol, digna dos dois últimos campeões mundiais.

A Itália estava desfalcada de seu principal nome na primeira fase, o atacante Mario Balloteli, porém voltava a contar com a qualidade inquestionável de Pirlo no meio-campo. Na Espanha, Del Bosque sacou Soldado e Fábregas colocando David Silva e Fernando Torres. E de modo (quase) inédito, viu Xavi e Iniesta serem perfeitamente marcados pelo sistema defensivo da Seleção Azurra.

Muito se falava da força ofensiva, dominadora do time espanhol, e como isso faria a diferença. De fato, mas pudemos ver também a defesa que beirou a "perfeição" no time italiano, e uma força ofensiva que ofereceu muito perigo à Fúria. Houve um equilíbrio enorme em chances, apesar da maior posse espanhola. O equilíbrio que era esperado, devido à força das equipes. Mas, que não deixou de ser surpresa se analisado o retrospecto espanhol.

Mais 30 minutos...

Muito equilíbrio e chances dos dois lados. No entanto, o zero insistiu em permanecer no placar e veio a prorrogação. A partida não deixou de ser eletrizante com mais bola na trave e a pressão monstruosa da Espanha nos últimos lances. Novamente, a defesa italiana se mostrava impecável. Teríamos pênaltis...

Nas penalidades, de novo, o equilíbrio continuou sendo determinante. Na série de cinco, os dois times foram perfeitos. Íamos para as alternadas. Alguém teria que ceder. Esse alguém foi Bonucci... Na sétima cobrança, ele chutou por cima, e deixou a vaga na decisão nos pés de Navas, que fez sua parte, levando a Fúria ao Maracanã. O outro destaque: Buffon e Casillas, dois dos melhores goleiros do mundo, que não defenderam uma cobrança sequer.

Ah... o tal equilíbrio!

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