O velho clássico, de casa renovada

Maior vencedor da história do torneio estadual, Atlético é
batido pelo rival Cruzeiro no retrospecto da 'Era Mineirão'

Vinícius Dias

O tempo vai, vem. E os velhos rivais Cruzeiro e Atlético estão de volta ao Mineirão. Ao palco de suas maiores glórias. Que traz às memórias a conquista da Libertadores celeste, em 1997, seis anos antes do inédito Campeonato Brasileiro, em 2003. E, com aura proporcional, a Conmebol alvinegra, em 1997. Contudo, no domingo, dia 3, apenas um deles terá motivos para comemorar. Às 17h00, comandados por Marcelo Oliveira e Cuca, os belorizontinos se enfrentarão pela 225ª vez nos gramados do Gigante da Pampulha.

O duelo, que marca a reinauguração do maior estádio de Minas Gerais, é válido pela rodada de abertura do campeonato estadual. O 47º na 'Era Mineirão'. Habilitado a receber cerca de 62 mil torcedores, com cargas iguais divididas entre as equipes, o representante do estado na Copa do Mundo de 2014 terá em campo um 'novo' Cruzeiro, com treze reforços. Diante do Atlético, capitaneado pelo ídolo Ronaldinho Gaúcho - estreante no palco.

No último duelo, vitória alvinegra
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Se nas quatro linhas, o desejo, em especial, dos torcedores, é pela bola nas redes, fora delas se pensa em números. Tabus. E, por que não, em títulos. O alvinegro, maior vencedor, com 41 conquistas, busca manter a 'hegemonia' frente ao rival, que acumula 35 títulos. E, na contramão, os azuis tentam manter a ponta nos estaduais disputados a partir de 1965, ano de inauguração do Gigante. Detêm 23 conquistas, frente 18 obtidas pelo rival.

Duelo em números...

Após levar a melhor nos dois últimos clássicos disputados no Mineirão, o Cruzeiro tenta ampliar a 'vantagem' diante do rival no estádio. A equipe celeste saiu vitoriosa em 81 dos 224 embates anteriores no local. Para alcançar o 73º triunfo, o Galo se apega ao bom retrospecto conquistado na última temporada, quando somou dois empates e uma vitória nas três partidas.

No registro histórico, 505 gols foram anotados nos dérbis da capital. 262 pelos cruzeirenses, 243 por atleticanos. Média de 2,3 gols por jogo. Um índice, curiosamente, inferior ao de clássicos ocorridos enquanto o palco deste domingo passava por obras. Entre agosto de 2010 e dezembro de 2012, a média foi de 4,3 gols.